Embora o quadro da pandemia de Covid-19 já seja mais grave do que nos primeiros meses após o início da crise sanitária, o secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, vinha insistindo no cronograma de reabertura das escolas a partir de 1/2. Na esteira da decisão do governo estadual, a Superintendência do Centro Paula Souza já havia emitido orientações sobre como deveria se dar a volta. Preservados os grupos de risco (ou pessoas com familiares nesta situação), a volta estava decretada.
A determinação causou preocupação e indignação, uma vez que os números da doença estão em alta acelerada. No estado de São Paulo, o número de casos supera 1,5 milhão e o de mortos, 50 mil. O início da vacinação, embora um alento, ainda está longe de apontar uma solução para a crise, especialmente pelo escasso número de doses até o momento.
As entidades sindicais dos trabalhadores, como a Apeoesp, o Sinteps e outras, vêm se organizando para evitar que isso aconteça, sob o risco de vermos o total de casos e óbitos aumentar mais ainda. Sem vacinação e garantias sanitárias, o indicativo é de GREVE SANITÁRIA, ou seja, a manutenção do trabalho remoto e recusa ao presencial. “O risco e as consequências do risco são do empregador que está convocando para o trabalho em meio à crescente epidemia”, critica a presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima.
Após cobrança da diretoria executiva do Sindicato, a Superintendência do Centro agendou uma reunião para esta sexta, 22/1. No entanto, o anúncio de mudanças de planos por parte do governo, na manhã do mesmo dia, levou ao adiamento da reunião. A superintendente, professora Laura Laganá, disse que as mudanças demandariam um “realinhamento” das orientações. A reunião ficou para quarta-feira, 27/1, às 16h.
Em seu anúncio, o governo reclassificou seis regiões para a fase vermelha (agora já são sete) e o restante do estado (inclusive capital e Grande SP) para a laranja. Segundo a o anúncio, nenhum estudante é obrigado a retornar presencialmente nas fases laranja e vermelha.
Grupo de risco ou com familiares nesta condição
O Sinteps orienta os trabalhadores (administrativos, docentes e auxiliares de docente) que estiverem em grupos de risco ou possuírem familiares nesta condição, que preencham a declaração (clique para acessar o modelo disponibilizado pelo Centro) e a entreguem à direção da(as) unidade(s) onde atuam.
Atenção: O Sinteps orienta que, em hipótese alguma, o trabalhador preencha declaração onde assume os riscos pela volta ao trabalho, principalmente sendo grupo de risco.