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Petição online recebe milhares de assinaturas e Sinteps reforça pedido de suspensão de atividades presenciais até 6/3. Centro responde com medidas parciais

Reunido em 31/1, o Conselho Diretor do Sinteps – composto pelos diretores de base, regionais e da Executiva – aprovou o envio de um novo ofício à direção do Centro, abordando a questão do retorno presencial em meio à escalada de casos de Covid-19 causados pela variante ômicron.

Lembrando que o Centro tem autonomia de gestão, o Ofício Sinteps 3/2022 reivindica o adiamento das atividades presenciais nas ETECs e FATECs até 6/3, com posterior análise do quadro epidemiológico. Esta medida foi adotada por vários órgãos públicos, entre eles a Unesp e a rede federal de educação tecnológica (os CEFETs), que suspenderam o início das aulas presenciais e recolocaram a maior parte das/os trabalhadoras/es em teletrabalho até segunda ordem.

A preocupação é bastante pertinente, uma vez que a variante tem causado um número gigantesco de casos de Covid-19. Assim, ainda que a ampla maioria não fique grave, especialmente entre os vacinados, mesmo esse pequeno percentual que precisará de atendimento e/ou internação pode levar o sistema de saúde ao colapso.

Com base nos dados de outros países com índice de vacinação semelhante ao do Brasil, os especialistas avaliam que o pico de casos pela ômicron será atingido no Brasil em torno da terceira semana de fevereiro. Assim, o cenário para a volta às aulas presenciais nas escolas pode ser bem mais favorável a partir de março.

O ofício do Sinteps também reforça pedidos feitos em documentos anteriores, de ampliação das medidas de proteção no protocolo sanitário da instituição, como a garantia de testagem custeada pelo empregador, oferecimento de maior número de máscaras (PFF2 e KN95), afastamento dos casos positivos e dos que tiveram contato com eles por 10 dias, entre outras medidas.

 

Petição online comprova temor da comunidade

A petição online criada pelo Sinteps, solicitando o adiamento das aulas presenciais e a colocação de todos em teletrabalho até 6/3, com posterior avaliação do cenário pandêmico, está tendo grande participação da comunidade. No fechamento desta matéria, na manhã de 1/2/2022, já são quase 6.500 assinantes.

Assine e passe adiante: https://chng.it/pyQ77gKHGB

 

Memorandos limitam-se a medidas parciais

Ainda que sejam um avanço em relação à situação anterior, que previa retorno integral às aulas presenciais já no início de fevereiro, os memorandos circulares CETEC/GSE 2/2022, de 28/1/2022, destinado às ETECs, e CESU 5/2022, de 31/1/2022, voltado às FATECs, deixam a desejar.

Reconhecendo a gravidade do momento pandêmico, os documentos indicam às direções das unidades que iniciem o semestre letivo com uma espécie de rodízio entre as turmas, com alguns dias presenciais e outros remotos.

Neste período, de 2 a 12/2, será realizado o monitoramento do número de casos de contaminação para verificação da viabilidade do retorno 100% presencial de todos os alunos matriculados em seguida.

Para a presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima, a medida é um avanço, mas incapaz de garantir a segurança sanitária dos trabalhadores e estudantes neste momento. “A direção do Centro precisa ter coragem, fazer uso de sua autonomia de gestão e suspender as atividades presenciais até que o cenário pandêmico melhore, pois é sua a responsabilidade pela segurança da comunidade acadêmica.”

O Sinteps solicita agendamento de reunião urgente com a Superintendência do Centro, para discutir esse assunto.