Ainda na manhã de 9/1, poucas horas após os atos criminosos em Brasília, uma multidão compareceu a um ato em defesa da democracia, no Largo de São Francisco, organizado pela Faculdade de Direito da USP. O Sinteps esteve representado por seus diretores. A atividade, transmitida ao vivo pela Internet (https://www.youtube.com/watch?v=pjNfSWhNLFA), havia sido convocada já na noite do domingo. Estavam presentes representantes da USP e entidades da sociedade, como a OAB-SP, Fórum das Centrais Sindicais, Comissão Arns, UNE e outras.
A condenação aos atos bárbaros que ocorreram em Brasília, que depredaram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, foi comum à fala de oradoras e oradores presentes no Largo de São Francisco, que pediram a identificação e punição dos/as responsáveis e seus financiadores na forma da lei. A cada fala, o público repetia em coro: “Sem anistia! Sem anistia!”.
Manoela Morais, presidenta do Centro Acadêmico XI de Agosto (FD-USP) ressaltou: “O país que ainda se orgulha de assassinos bandeirantes, o país que nunca puniu os criminosos da Ditadura, o país que nunca deu resposta ao massacre do Carandiru, o país que até hoje não sabe quem mandou matar Marielle, Franco, precisa tomar uma dura postura de intolerância com os intolerantes. Que nós mostremos que somos a maioria, e não deixaremos o fascismo passar. É por meio da mobilização social permanente que conquistamos direitos e evitamos retrocessos”.
Defesa da democracia deu o tom em atos por todo o país
Os graves fatos registrados em Brasília geraram notas de repúdio ainda na noite do domingo, 8/1, e no decorrer dos dias seguintes. Entidades sindicais – como o Fórum das Seis – e instituições diversas, como as reitorias das universidades estaduais paulistas, condenaram a tentativa frustrada de golpe e os atos criminosos.
No final da tarde e início da noite da segunda-feira, 9/1, grandes manifestações foram realizadas nas capitais e cidades de todo o país. Em São Paulo, uma multidão lotou sete quarteirões da avenida Paulista, saindo do vão livre do MASP em passeata até a Praça Roosevelt.
Atos em defesa da democracia foram registrados em dezenas de cidades do interior paulista.