A revisão da carreira está paralisada. Não há previsão de reajuste salarial, não há proposta de discussão da Pauta de Reivindicações de 2024. Não há sequer a disposição em negociar com o Sinteps um acordo coletivo sobre os temas que não tenham impacto econômico.

Esse deserto de perspectivas foi explicitado na reunião do Conselho Deliberativo (CD) do Centro Paula Souza, em 11/4, na qual os representantes do Sinteps – Silvia Elena de Lima, Renato de Menezes Quintino e Felipe Chadi – participaram sem direito a voto, como habitualmente acontece. Vale lembrar que essa participação foi viabilizada por ação judicial vitoriosa do Sindicato, para que as reuniões do CD não ocorram a portas fechadas, o que indica que tudo no Centro só vem com luta, seja política ou judicial.

Cobrada pelos diretores sindicais sobre a divulgação para a comunidade da proposta de revisão da carreira apresentada ao secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, em 26/3, a professora Laura Laganá explicitou:

• A proposta apresentada ao secretário é a mesma divulgada à categoria no ano passado, após a greve. Ou seja, alguns slides e tabelas. Não há, ainda, uma proposta completa.
• O governo Tarcísio de Freitas rejeitou as tabelas expostas, pois elevariam a folha de pagamento da instituição em 60%. A superintendente comprometeu-se a “refazer” as tabelas.
• Não há previsão alguma para que a carreira ande.
• A possibilidade de reajuste salarial para o conjunto do funcionalismo está sendo “avaliada” pela Secretaria Estadual da Fazenda.
• Não há perspectiva de negociação da Pauta de Reivindicações 2024, protocolada pelo Sinteps.
• Não há perspectiva sequer de negociar os pontos da pauta que não trazem impacto financeiro. 

Presente à reunião do CD do Centro, o secretário Vahan Agopyan pronunciou-se apenas para dizer que “espera” que o reajuste não seja zero.

Sem mobilização, não seremos ouvidos: Vamos “cruzar os braços” em 29 de abril!

Reunido na tarde de 11/4, o Conselho Diretor de Base (CDB) do Sinteps – composto pelos diretores de base, regionais e da Executiva – avaliaram as informações acima e definiram pela indicação de um dia para “cruzar os braços”, em 29 de abril, para dar início à mobilização pela carreira, pela abertura de negociações sobre a Pauta de Reivindicações e por reajuste salarial.

Converse com os colegas da sua unidade sobre a importância de darmos uma demonstração clara da nossa indignação. O governo Tarcísio está confortável em sua política de arrochar e tirar direitos dos servidores públicos e cortar recursos da educação e da saúde. Sem luta, não vai acontecer NADA!

Informe a disposição da sua unidade para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

29 de abril é dia de “CRUZAR OS BRAÇOS”: pela carreira, negociação da pauta e reajuste salarial!