Passada uma semana do início do retorno das aulas presenciais nas ETECs e FATECs, por determinação da Superintendência do Centro Paula Souza, dois fatos se impõem e chamam a atenção: o surgimento de casos de contaminação de trabalhadores e estudantes em várias unidades (pelo menos em 12 unidades, segundo dados relatados ao Sindicato até o dia 9/8); e o crescimento e fortalecimento da adesão à greve sanitária (já há 94 unidades listadas no mapa, que pode ser conferido no site do Sindicato).
A reação das direções locais frente ao surgimento dos casos revela a enorme confusão e insegurança causadas pela decisão irresponsável da direção do Centro ao impor o retorno presencial sem que a pandemia esteja sob controle. Em algumas unidades, a decisão tem sido pela suspensão das atividades presenciais por alguns dias e higienização do local, o que se configura medida frágil e pouco eficaz para evitar novos casos. Em outras unidades, como é o caso da ETEC Conselheiro Antônio Prado, de Campinas, a direção emitiu comunicado reconhecendo a dificuldade do momento – que combina contaminações, professores com comorbidade ainda sem a segunda dose da vacina e a adesão de docentes à greve sanitária – e determinando que a totalidade das aulas volte à plataforma Teams até nova decisão.
“Além do evidente risco à saúde e à vida, a postura da direção do Centro está trazendo prejuízos de ordem pedagógica, pois está desestruturando e confundindo o oferecimento das aulas remotas. Desde o início da pandemia, os trabalhadores deram duro para se adaptar às necessidades do ensino remoto e conseguiram, muitos à custa de seus próprios recursos, manter um bom nível, dentro do possível”, pondera Silvia Elena de Lima, presidente do Sinteps. “Todos queremos retornar ao ensino presencial, pois sabemos que nada o substitui, mas isso tem que acontecer no momento adequado, quando a pandemia que assola nosso país estiver controlada, e não agora quando vemos o crescente número de contaminações impulsionadas pela variante delta”, prossegue.
O teor do Comunicado GDS de 5/8/2021, no qual é sugerido que professores “transmitam” suas aulas presenciais pelo celular aos alunos que estão em casa – é revelador da completa alienação da direção do Centro Paula Souza diante da conjuntura. “É um desrespeito não só com os trabalhadores, mas também com os estudantes”, completa a presidente do Sinteps.
Reivindicações do movimento
Conforme aprovado na assembleia geral da categoria, em 7/8, o Sinteps defende as seguintes reivindicações na greve sanitária:
- Manutenção das atividades profissionais através do trabalho remoto, garantindo que todas as atividades docentes e administrativas sejam desenvolvidas com segurança para todos;
- Retorno presencial somente após o controle da pandemia, com ampla e completa vacinação da comunidade escolar e fornecimento adequado de EPIs.
Clique para conferir matéria com a cobertura completa da assembleia
Greve sanitária: Nossa reação em defesa da vida
A greve sanitária – recusar o trabalho presencial e seguir no remoto – continua sendo nossa melhor resposta ao desatino da direção do Centro Paula Souza e em defesa da segurança da comunidade frente à pandemia.
Se você ainda não aderiu, converse com seus colegas de trabalho. Tomada a decisão, é preciso comunicá-la formalmente à direção da unidade; isso é necessário para que fique claro que o trabalhador não abandonou o emprego, mas sim entrou em greve, o que é seu direito. Também é preciso informar ao Sindicato, para que este possa negociar com a direção do Centro o que for necessário em nome dos grevistas.
A adesão pode ser individual ou coletiva. Para ambos os casos, há modelo no site do Sindicato.
Quer a presença do Sinteps na reunião da sua unidade?
Qualquer dúvida sobre a greve, escreva para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Qualquer dúvida emergencial sobre a greve ou para solicitar a presença de um diretor do Sindicato na reunião na sua unidade, contate os seguintes números de WhatsApp:
- (11) 98335-1870, com Silvia.
- (11) 97751-0024, com Renato.
- (11) 98335-1868, com Neusa.
- (11) 98335-1876, com Denise.
Comando geral de greve reúne-se em 11/8 – Comandos locais devem se apresentar
O Comando Geral de Greve (CGG) reúne-se em 11/8, quarta-feira, às 17h, para avaliar o movimento e definir os próximos passos.
Além dos membros das direções executiva, regional e de base, integram o CGG os trabalhadores indicados por suas unidades para compor o Comando Local de Greve (CLG).
Se a sua unidade ainda não tomou essa providência, faça uma reunião virtual com os grevistas para que os representantes (um titular e um suplente) sejam indicados. O modelo de ata está no site. Em seguida, envie para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Tudo sobre a greve no site
Além das notícias frequentes sobre o movimento de GREVE SANITÁRIA, o site do Sinteps tem uma seção especial dedicada ao movimento. Nela, você encontra:
- Mapa de adesão à greve
- Nossa greve na imprensa
- Notícias sobre a pandemia
- Documentos formais (declaração de adesão, atas etc.)