Quando o Sindicato se preparava para lançar as propostas práticas de mobilização para a campanha salarial de 2020, o início da pandemia causada pelo novo coronavírus caiu como uma bomba sobre a sociedade. Em meados de março, a quarentena e as medidas de isolamento social levaram ao fechamento do comércio e das escolas, entre elas as ETECs e as FATECs.
A direção do Sinteps rapidamente iniciou negociações com a direção do Centro, em torno de questões relevantes para os trabalhadores da instituição, como a garantia de afastamento para todos, administrativos e docentes, com exceção dos que atuavam em serviços essenciais e que não fossem dos grupos de risco; as contínuas negociações em torno aos desafios do ensino remoto, entre outros.
Greve sanitária em defesa da vida - Em meio às pressões pelo retorno presencial em 2021, o Sinteps defendeu a posição de que isso deveria ocorrer somente após a garantia de vacinação e condições sanitárias seguras para todos. No final de julho, frente à pressão pelo retorno, o Sinteps indicou à categoria uma greve diferente, até então inédita no país: a greve sanitária, na qual os trabalhadores seguiriam atuando, mas em formato online. A greve, realizada de 2/8 a 9/10, garantiu por dois meses e meio a segurança sanitária dos grevistas e estudantes, tempo necessário para que muitos, inclusive, tomassem a segunda dose da vacina, e para que a maioria dos estudantes tomasse ao menos a primeira dose. Além disso, estabeleceu avanços que beneficiaram ao conjunto da categoria, como o reforço à possibilidade de apresentação de atestados/laudos médicos àqueles que eram portadores de comorbidades, garantindo-lhes a permanência no trabalho remoto. Da mesma forma, a ampliação do fornecimento de máscaras PFF2 ou KN95 aos trabalhadores.
Evolução e bônus - Em 2020 e 2021, a atuação do Sinteps foi decisiva para que o Centro realizasse o processo de evolução, pois a instituição queria se aproveitar das limitações impostas pela Lei Complementar 173, a lei do governo Bolsonaro que suspendeu reajustes, correções de benefícios e contagem de tempo funcional até o final de 2021. Sob pressão da entidade sindical, o Centro também pagou o bônus em 2021.
Vitórias jurídicas - Nos anos da pandemia, assim como nos anos anteriores, a assessoria jurídica do Sindicato teve atuação intensiva, com várias vitórias importantes. Por exemplo, a ação que garante o direito ao acúmulo para os docentes e a ação que obriga o Centro a preservar os direitos funcionais dos servidores que se desincompatibilizaram para concorrer às eleições.
Em 2021, em meio à pandemia, o Sinteps organizou uma greve sanitária, até então inédita no país. Ao lado, uma das negociações com a Superintendência
- ► As lutas e conquistas na história da nossa balzaquiana entidade
- ► Sinteps nasceu em 1993
- ► Já tivemos eleição para Superintendente no Centro. Você sabia?
- ► Nos anos FHC, Sinteps foi linha de frente contra os ataques ao ensino técnico
- ► Em 2000 e 2004, duas grandes greves
- ► 2011, ano de greve e de luta pela carreira
- ► 2015 e 2016 tiveram reação aos ataques contra a carreira
- ► 2017, ano do Congresso que aprovou a luta pela revisão da carreira. E reação aos ataques do governo Temer
- ► 2018 teve luta por reajuste e contra a reforma do EM
- ► 2020 e 2021, anos de luta intensa da entidade em meio à pandemia
- ► 2022 foi ano de cobranças por reajuste salarial digno para todos
- ► 2023, ano de greve pela revisão da carreira e farol para 2024
- ► Resumo dessa história: Conquista só vem com organização e luta
- ► Homenagens aos pioneiros e ativistas do Sinteps